Limpeza da quadra Natalícia

Na minha família não é nada mais, nada menos que uma experiência muito atribulada!

E para quem não esta habituado, ou esta na família há pouco tempo fica um pouco assustado, ao inicio, mas será esta experiencia a grande prova de amor?!

Se sobreviverem a este caos claro!

Para a minha família é perfeitamente normal e senão fosse assim não seria Natal!

No departamento dos doces:

Desde: “os doces que nunca ficam tão bons como o ano passado”
Ou então: “ que este ano nada me sai bem” e ainda: “ para o ano que vem compro tudo feito”
Esqueçam, isso não vai acontecer porque no ano seguinte dizem sempre:
“Ou se não fizermos nós isto ou aquilo o Natal não tem o mesmo significado”.

E entre as minhas tias e mãe a grande competição saudável das filhoses beirãs que de ano para ano se assemelham mais ás famosas filhoses beirãs tendidas no joelho da minha querida avó Ana. Mas tenho a dizer que a minha irmã “Katinha” começa a fazer umas filhoses excelentes, ela tem realmente uma mão e tanto para a cozinha.

Depois a minha irmã Guidufas que normalmente faz as fatias douradas e é verdadeiramente uma excelente organizadora de festas, e nunca ou quase nunca se esquece de nada ao mais pequeno pormenor, e para a minha Sue não dizer que me esqueço dela normalmente ela controla o movimento da cozinha ou as ultimas idas ao supermercado para comprar algum ingrediente em falta, e acaba sempre por se demorar mais tempo do que era esperado.

Ainda me lembro um Natal em casa dela que se foi deitar enquanto nós preparavamos tudo!Mas ninguem leva a mal porque a Xau Xau precisa e sempre precisou muito de dormir.

O para quê de tanta comida ainda é uma coisa que a mim me espanta, tanta mas tanta comida que depois no dia ninguém tem vontade de comer, porque passaram o dia na cozinha. Mas no dia seguinte aí sim.

Quanto ao meu querido irmão ele encarrega se de estar pronto para comer, mas para não ser mazinha ele vai dando alguma educação as nossas sobrinhas para não pisarem o risco e elas adoram o tio. E eu como estou longe resta me viver estas experiências quando vou ligando para saber como estão a correr os últimos preparativos.

Mas o verdadeiro encanto desta época é depois quando falo com todos e tenho o resumo individual de cada um, e fico com a perspectiva sobre o momento que cada um passou, e ai sim fico mais rica em memórias e fico a saber que no final apesar de se lamentarem, e se queixarem adoraram o natal e de estar todos juntos como era de esperar.

A família espalhada pelo mundo e as desculpas lamentáveis:

Existe sempre desculpa lamentável daqueles/as que não tiveram tempo para comprar algo com mais tempo, ou se desculpam do que ofereçeram.
É que sempre achei de mau tom, as pessoas pedirem desculpa por não nos darem algo, não deram pronto, não e preciso dizer nada, um beijinho e um feliz natal é suficiente. OK? Entendidos a ver se é desta é que 33 anos a ouvir a mesma coisa cansa.

Existe também sempre as discussões familiares típicas desta época, de quem fez o que e de quem vai lavar a loiça, enfim muita conversa. Acho que é mais a necessidade de nos relembrar como é ou deveria ser o Natal e com isto dar-nos a capacidade de concluir estas frases entre dentes e todos os anos se repete a mesma história. blah blah blah blah.

Existe também quem ficou em divida em telefonemas e quem ligou primeiro, e quem vai ligar a seguir, se o primo/a,tio/a ou sobrinho/a “xpto” nunca ligou por isso também não querem ligar. Porque era o dever deles ligarem.

Mas depois quando se juntam todos noutra época qualquer é só beijinhos e abraços e aí sim se da o verdadeiro natal em família.

Com isto, eu tinha prometido não falar mais do Natal mas não consigo porque para mim é tão importante como o meu aniversário, apeteceu me falar mais uma vez de época em que eu já sinto saudades de a passar com minha família no pais do frio e da neve aonde o Natal parece ter outro encanto.

Mas desde já quero agradecer ao gorducho do Pai Natal por ter sido tão generoso para comigo, e mesmo sem eu ter lareira, chaminé ou que vocês quiserem chamar ele conseguiu entrar, mas de certeza que foi pela varanda da sala quando eu vou fumar e esqueço me da porta aberta, e surpreendeu me com coisinhas boas e úteis.
Ah grande gorducho, assim é que é!
Podes voltar sempre que quiseres e se te portares bem em 2010 eu deixo-te um copo de leite com as tuas bolachas de chocolate as “Chiquilin” as tuas preferidas.

O Natal para mim é sempre que eu quiser:

porque ao guardar estas memorias desde da minha infância e que se mantêm tradição na minha família até os dias de hoje, por isso basta carregar no botão play na minha prateleira de memorias e eis que tenho o Natal quando me apetecer.

E que por mais me mime nesta altura nada é suficiente para preencher o vazio do simples facto da minha querida famelga estar longe.

Bem bora lá arrumar esta quadra, senão ainda escrevo mais um post sobre o Natal, bem até ao dia dos reis tenho imenso tempo. LOL